Primeiros Habitantes: Seus Costumes, suas crenças.
Como era a Aldeia de índios caiapós em Rio
Verde.
Cada tribo caiapó era independente das demais, mas todas apresen-tavam a mesma
estrutura.
Se construía uma aldeia com uma praça central para as festas e, ao redor,
as casas de cada família.
Ongobe era a casa dos homens, situada no extremo norte da praça, onde
eles se reúniam, praticam trabalhos artesanais e pernoitavam. Os homens se dividiam
em dois lados, cada um com um benadióro (chefe) e seus oopen (partidários).
As casas das esposas do chefe ficavam uma no extremo leste da aldeia e
outra a oeste.
Eles eram seminômades, por isso várias vezes ao ano correm pelas matas
para a caça, coleta e estabelecimento de novas colheitas; al-guns desses
períodos são curtos e breves e outros relativamente longos durante os quais
abandonam a aldeia.
Uma forma organizativa fundamental através da qual cada pessoa se
articula em sua comunidade é o grupo patronímico ou seguimen-to de nomes. As
meninas e as mulheres formavam o mesmo grupo das irmãs do pai, enquanto que os
meninos e os homens eram do grupo dos irmãos da mãe.
Assim, o sistema de parentesco eram formados pela adesão a seg-mentos
determinados pela descendência em linha cruzada: cada pessoa pertencia a uma
categoria de acordo com sua idade, sexo e número de filhos.
Os guerreiros (maiores de 17 anos) participavam no ngobe das as-sembleias
onde se tomavam as decisões políticas. O matrimônio se contraia em idade
precoce, por vezes consentido pelas mães dos noivos, sendo proibida a união
entre primos cruzados. Se tratava de um evento público que estava previsto após
a primeira menstruação das meninas (entre 10 e 12 anos). As mães e tias dos
recém-casados preparavam e interrompiam sem prejuízos a noite de núpcias.
A decoração do corpo era uma questão importante na sociedade. Dedicava-se
bastante tempo para raspar o cabelo e fazer desenhos coloridos na pele. Homens,
mulheres e crianças ficavam com a parte superior da cabeça completamente
rapada. As mulheres deixavam cair para trás o resto do cabelo, enquanto os
homens faziam um rolo. Levavam grinaldas de penas, brincos e colares.
1.1 Religião
Chefe de uma tribo caiapó.
A religião dos caiapós, assim como a de todos indígenas, era
animista, que cultuavam elementos do Cosmos (Sol, Lua, estrelas), os elementos
da natureza (rio, oceano, montanha, floresta, rocha), os seres vivos (animais,
fungos, vegetais) e os fenômenos naturais (chuva, vento, dia, noite)
Segunda sua religião, havia um mundo celeste do qual
provinha a humanidade. Os primeiros seres humanos que chegaram à Terra vieram
de lá por uma longa corda, qual formigas por um tronco. Isto foi possível
porque um homem viu um tatu e o seguiu até que entrou num buraco, que depois
foi usado pelas pessoas para vir a este mundo. Também as plantas celestes
baixaram do mundo celestial quando a filha da chuva brigou com a mãe, desceu a
este mundo e foi acolhida por um homem, a quem entregou as plantas.
Muitos relatos explicam os fatos culturais, desde a obtenção
do fogo até a casa da onça-pintada. As danças eram levadas muito a sério, pois
explicavam a relação com a natureza, a sociedade e a história. Não usavam
bebidas fermentadas nem plantas alucinógenas.
Os caiapós rio-verdenses eram bons caçadores, e naquela
época, a caça era abundante. Entre as presas que conseguiam obter, se destacam
o porco do mato, cateto etc..
Os homens teciam cestos, cintos e faixas para carregar e
fabricavam paus, lanças, arcos e flechas para a caça. As mulheres fabricavam
pulseiras, fitas e cordas de cipós.
Pesquisa: Paulo Sergio Rodrigues
http://povosindigenasedu.blogspot.com.br/…/povos-indigenas,
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RODRIGUES, Paulo Sérgio. HISTÓRIA DE RIO VERDE DE MATO GROSSO - MS/Cultura, política, costumes, habitantes e seus colonizadores. 205p. História (Rio Verde de Mato Grosso-MS) -Vida Produções– 1ª edição, 2022.
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