2.
A Chegada dos Bandeirantes.
Os caiapós, também kayapó ou kaiapó, foram os primeiros
indígena habitantes das terras que hoje constituem o Município de Rio Verde de
Mato Grosso.
Kayapó significa “homens semelhantes aos macacos“,devido a
certos rituais que este grupo realizava nos quais são utilizadas máscaras de
macaco pelos homens.
Os motivos que levaram os caiapós a deixar a região foi o
contato com o homem branco, mas precisamente, os Bandeirantes.
Relatos históricos dão conta de que os bandeirantes, ao desbravar o sertão de Mato Grosso do Sul, caçaram e aprisionaram milhares de índios caiapós para vendê-los como escravos.
Estes homens, que saiam de São Paulo e São Vicente, dirigiam-se
para o interior do Brasil caminhando através de florestas e também seguindo
caminho por rios, o Rio Pardo, e Taquari,
foi um dos principais meios de acesso para a chagada deles a nossa
região. Estas explorações territoriais eram chamadas de Entradas ou Bandeiras.
Enquanto as Entradas eram expedições oficiais organizadas pelo governo, as
Bandeiras eram financiadas por particulares (senhores de engenho, donos de
minas, comerciantes). Estas expedições tinham como objetivo predominante
capturar os índios e procurar por pedras e metais preciosos.
Esses foram alguns Bandeirantes que desbravaram em terras
rio-verdenses.
1648 - Antônio Raposo Tavares
1671 - Antônio Paes
1672 - Manuel Dias da Silva
1673 - Antônio Pires de Campos
1673 - Sebastião Pais de Barros
1675 - Francisco Pedregoso Xavier
1682 - Bartolomeu Bueno da Silva
1690 - Antônio Ferraz de Araújo e Manuel de Frias
Pesquisa e fonte: Paulo Sérgio Rodrigues
1718 Pascoal Moreira Cabral Leme (http://pt.wikipedia.org/wiki/Entradas_e_bandeiras)
3. Os
Bandeirantes
Os Bandeirantes chegaram em Rio
Verde No século XVII, penetraram pelo varadouro existente entre o Rio Pardo e o
Ribeirão Camapuã, daí seguindo pelo Rio Coxim chegaram ao Taquari, em busca das
terras dos caiapós, com o intuito de aprisioná-los.
Segundo relatos históricos, a sede da aldeia localizava-se
às margens do Rio Verde, mas precisamente onde hoje se localiza o Bairro Barra
Verde. Mas habitavam toda extensão do Rio Verde indo do Barra Verde até a ponte
do Bradesco.
A maioria dos Bandeirantes andava descalço, sendo que
geralmente levavam como equipamento: as botas e as alpargatas, normalmente
feitas de couro; coletes; armaduras e armas como as espadas, as adagas, as
lanças, as facas, os punhais, os terçados, os alfanjes, os machados, as bestas
de arco de madeira, os arcos e flechas indígenas, os tacapes ou as bordunas, as
pistolas, os arcabuzes, as espingardas, as escopetas, os mosquetes de um único
tiro ou os bacamartes. ( http://pt.wikipedia.org/wiki/Bandeirantes )
Os Bandeirantes Chegavam de surpresa, atacavam as aldeias
dos índios ou os chamavam para luta aberta nos descampados. Dispondo de armas
de fogo e ajudados por outros índios, seus aliados, prenderam milhares de
índios caiapós, obrigando as populações remanescentes a deixarem a região de
Rio Verde, e migrarem sempre para o norte. Em apenas três décadas, as primeiras
do século XVII, mataram ou escravizaram cerca de 500 mil índios. Foram os
piratas do sertão.
Hoje sua população está em torno de 6.300 habitantes, vivendo
às margens do Rio Xingu no sul do Pará (3,4 mil) e no norte do Mato Grosso (2,7
mil), além de haver algumas tribos no Tocantins e Goiás (cerca de 100
indivíduos em cada estado).
Pesquisa e fonte: Paulo Sérgio Rodrigues
@Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui em violação de direitos autorais.(lei n.9610/1998)
RODRIGUES, Paulo Sérgio. HISTÓRIA DE RIO VERDE DE MATO GROSSO - MS/Cultura, política, costumes, habitantes e seus colonizadores. 205p. História (Rio Verde de Mato Grosso-MS) -Vida Produções– 1ª edição, 2022.
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