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ARKIRVE- ARQUIVO HISTÓRICO DE RIO VERDE-MS. Por Paulo Sérgio Rodrigues

História de Rio Verde de MT-MS: Um gaúcho fundou Rio Verde

 

Dona Ubaldina Gonçalves, esposa de Porfírio Gonçalves

O Fundador de Rio Verde de MT-MS, Porfírio Gonçalves, era um gaúcho arrojado e foi um dos grandes entusiastas da região incentivando muito para o progresso do novo povoado.  Nasceu no ano de 1889 em Cruz Alta, no Rio Grande do Sul. Veio para Rio Verde em 1925. 

Cinco anos depois, em 1930, adquiriu uma área de 570 hectares de terras do Sr. Antonio Vitorino da Costa, e que faziam parte  da fazenda Campo Alegre. 

Em 1931 delimitou um trecho onde mais tarde haveria de surgia a cidade de RIO VERDE DE MT.  Porfírio Gonçalves iniciou a colonização vendendo as matas aos lavradores que as pagavam com o fruto do seu trabalho. 

Na época vendia-se o alqueire a 45 mil réis, e os lotes eram doados gratuitamente a quem quisesse construir uma casa. Doou uma área para construir a Igreja Católica que depois construiu e auxiliou financeiramente.  

Ainda no ano de 1931, fêz a doação de um terreno para a Prefeitura Municipal, vindo a ser o seu primeiro vice prefeito e juiz de paz. Lutou ainda pelo progresso de Rio Verde, mas também sofreu injustiça, entre as quais o equívoco quanto a demarcação dos seus 570 hectares de terra, fazendo com que seus herdeiros nada recebessem, principalmente sua herdeira universal, Dona Ubaldina Gonçalves. Porfírio Gonçalves era um grande Comerciante, morava na Rua Rio Verde depois morou na Porfírio Gonçalves, onde teve um equipado comércio de secos e molhados, ferramentas, remédios, panos, feijão, milho, sal, fumo e açúcar. 

Os tropeiros compravam e traziam em carros de boi, mulas, cavalos e burros, Também tinha feijão, açúcar, milho, charque e erva-mate e muitas vezes demoravam meses as viagens que faziam. Consta que naqueles tempos era comercializados, rolo de fumo, velas de sebo, varal de charque e de toucinho, isso a cerca de 81 anos atrás, mas precisamente no ano de 1940.  

Mais tarde, nas mercearias de secos e molhados os produtos eram vendidos em caixões como: farinha de mandioca, o café em grão, o feijão, o açúcar mascavo, o arroz. O balcão de madeira e a balança marcavam a distância entre o freguês e o dono.  As casas de secos e molhados, os empórios e armazéns faziam parte da rotina da cidade. 

Porfírio Gonçalves, morreu no ano de 1948.

Pesquisa: Paulo Sérgio Rodrigues


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RODRIGUES, Paulo Sérgio. HISTÓRIA DE RIO VERDE DE MATO GROSSO - MS/Cultura, política, costumes, habitantes e seus colonizadores. 205p. História (Rio Verde de Mato Grosso-MS) -Vida Produções– 1ª edição, 2022.


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